Mar-Alto

Opinião livre e inconformada.

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Um resistente á crescente barbarie.

quinta-feira, março 23, 2006

Ar Puro

O resultado da Assembleia Geral do Sporting Clube de Portugal foi o de recusar a venda do património proposta pelo seu presidente cooptado Soares Franco.
Apesar de todas as manobras de controlo habitual da assembleia, a proposta chumbou!
Tudo foi tentado, desde o adiamento da anterior, nesta só puderam falar vinte sócios e por 4 min, depois de Soares Franco o ter feito por 110 a propagandear a sua proposta e a apocalipticamente alardear que se não fosse aprovada seria o "DILÚVIO". Já nos dias anteriores o Dr.Roquete, perante a ameaça de que não fosse aprovada a proposta veiculada pelo seu Delfim, veio a terreiro defendê-la desesperadamente e com aivos de ameaça de desaparecimento do clube.
Ora, o que se conclui passados mais de 10 anos do consulado "Roquete", é que a falência do seu alegado "projecto" já era óbvia e que a sua gestão agravou significativamente a situação actual de precariedade financeira do Sporting a que se chegou....
A inadequação do Centro Comercial Alvaláxia, cuja ausência de supermercado e lojas "âncora" determinaria a qualquer gestor médio a catástrofe financeira e comercial é um dos exemplos da incompetência demontrada pelos dirigentes da era "Roquete", em que se inclui aqueles até há pouco elogiados pela comunicação social como exemplos, Ribeiro Teles, Bettencourt, etc..etc..
A demissão esperada de Soares Franco abre a porta a eleições e espera-se, contribua para o encerrar desta capítulo "negro" da história do Sporting, e dê lugar á devolução do respeito pelos associados, à renovação directiva e a uma nova esperança no saneamento das asneiras e má gestão da era "Roquete", que no entanto se prepara para lançar na corrida mais um dos seus delfins....
Entretanto, respira-se um novo ar...mais são...mais puro.....mais leão...

O ar da esperança!

terça-feira, março 21, 2006

O Império do mal



3 anos decorreram desde que o mundo assistiu envergonhadamente á agressão e invasão de um país soberano pelos EUA e da Grã Bretanha e de outros paises subservientes a estes.
Interrompendo intempestivamente o trabalho de inspecção da agora inútil ONU, o governo dos EUA decidiu que o Iraque de país independente deveria dar lugar a um protectorado americano com os designios amplos de exercer a coacção sobre os restantes países árabes e proteger assim o estado de Israel, a quem servem e por quem pautam a sua politica internacional.
Apresentando "provas" irrefutáveis de que existiam armas de destruição maciça no Iraque e que o seu governo se preparava para usá-las, Bush intimou o Presidente Saddam a deixar o país com a sua familia e a deixar-se ocupar pacificamente para posteriormente instalarem um governo subserviente e que pudessem manobrar.
Perante a recusa deste em o fazer invadiu o país. Não havia, afinal quaisquer armas daquele tipo no Iraque.As provas irrefutáveis apresentadas por Powell revelaram-se afinal falsas.
Os EUA e a GB foram desmascarados e desonraram-se a ponto de hoje serem países sem credibilidade na politica internacional e sem o respeito dos restantes paises do mundo.
A invasão americana revelou-se uma catástrofe cujas consequências ainda não podem ser medidas e provocou:
1- o retrocesso de um país estável e próspero á situação de subdesenvolvido.
2-acima de 200.000 mortos civis.
3- a desestabilização de toda a região.
4- A morte até á data de 2.316 militares americanos e de mais de 17.000 feridos.
5- O reacender de rivalidades e diferenças entre confissões religiosas no país.

Não resta deste 3º aniversário da invasão se não poder se concluir que resulta claro quem, no mundo, encarna o IMPÉRIO DO MAL!

sábado, março 18, 2006

Hasta Siempre Slobo



O desaparecimento de Slobodan Milosevic, numa estranha morte ocorrida nas celas do tribunal de Haia, deixa a Sérvia, orfã da sua alma mater e do seu combatente mais valoroso desde o combate contra a invasão turca do séc XXVI.
O Prsidente eleito da Sérvia combateu até ao fim a ignominia do imperialismo e da ingerência do capitalismo norte americano nos destinos do seu povo e foi mais um exemplo dos homens do "antes quebrar que torcer" que cada vez mais rareiam no mundo e dão lugar aos submissos cultivadores da hipocrisia e do materialismo individual.
Perante a sua detenção e presente á "caricatura" de tribunal que foi montado para silenciar as mentalidades livres e coagir ao silencio os livres pensadores ( e que, naturalmente não se aplica aos desmandos e crimes cometidos pelos EUA e Israel), Milosevic, revelou-se um advogado eximio em causa própria e denunciou a farsa que caracteriza a actuação daquele "tribunal".
Independentemente da aprovação de todas as suas acções e do lado onde se situam os seus criticos, há que reconhecer que Slobo, foi um lutador pela sua causa e pela integridade politica e territorial da Sérvia e pela tradição histórica da Jugoslavia, com a frontalidade e coragem de um homem que não cede e não quebra perante a mentira e a adversidade e que não procura o seu proprio conforto mas o dos cidadãos e compatriotas que jurou servir.
Tem assim, por mérito próprio, o seu lugar no Panteão dos homens livres e dos combatentes valorosos,que as valquírias recolhem no campo de batalha..
A História, mais tarde ou mais cedo lhe dará o seu lugar entre os Grandes!
Que Deus te perdoe os erros, te guarde e te dê a paz eterna, Slobo

segunda-feira, março 06, 2006

O fado de Marques Mendes

Com a aproximação do Congresso do PSD, é oportuno fazer algumas reflexões sobre as possibilidades de sucesso do seu actual líder.

Como Santana Lopes, Marques Mendes foi traído por uma espécie de aceleração da História verificada com a deserção de Durão Barroso.

Esta aceleração criou um vácuo e um vórtice no PSD que, de forma abrupta, não deixou condições de exercício do poder a médio prazo.

Com a derrota das eleições legislativas e a maioria absoluta do PS, todos os candidatos do PSD que podiam construir uma alternativa credível a Sócrates, resguardaram-se para fugir à regra, até agora inelutável, segundo a qual perder as eleições acarreta a substituição do líder.

Marques Mendes que até então tinha sido o único a demonstrar verdadeiro interesse em liderar o PSD em alternativa a Santana Lopes, viu o seu caminho aberto para a liderança.

No entanto, o PSD entregou-lhe o poder com desconfiança na medida em que a aparente vantagem com que partia para o Congresso, foi-se esboroando até ficar com uma diferença mínima para Luís Filipe Menezes e Aguiar Branco (este último na lista para o Conselho Nacional).

Entretanto, a liderança de Marques Mendes também não tem corrido bem por culpa exclusiva dos seus erros.

O primeiro erro consistiu no desenvolvimento de uma estratégia de consolidação do poder dentro do partido que tinha como pressuposto o afastamento de pessoas tidas como indivíduos sem carácter.

Durante os meses que se seguiram ao Congresso foi frequente ouvir o líder e outros dirigentes nacionais atacarem pessoalmente anteriores responsáveis do partido, com a invocação da necessidade de moralizar a vida política com o exemplo vindo do PSD.

Esta tarefa, levada a cabo com meticuloso cuidado, não deixou de parecer injusta e maquiavélica a grande parte dos militantes de peso, tanto mais por ter dois pesos e duas medidas. Na verdade, ninguém conseguia perceber se a questão do carácter estava nos problemas com a justiça que alguns militantes tinham ou se em outras causas.

Muitos não perceberam porque se não apoiou Valentim Loureiro e Isaltino Morais e se apoiou Isabel Damasceno, como ninguém percebeu porque se não apoiou Santana Lopes. Esta falta de clareza política quanto ao tratamento dado aos militantes, permitiu concluir que o líder se pautava por mesquinhas vinganças pessoais e não por critérios de natureza política.

Chegou a ser ridículo que, para mostrar a diferença de tratamento da autarca de Leiria, se tenha invocado o afastamento dos militantes de Gaia e Oeiras com o fundamento de os factos de que eram acusados se aterem à sua actividade como autarcas. Como se a Dra. Isabel Damasceno fosse uma simples dona de casa!!!

O segundo erro cometido por Marques Mendes residiu na escolha de Carmona Rodrigues para candidato à Câmara Municipal de Lisboa.

Com esta escolha o PSD perdeu a Câmara Municipal de Lisboa por três razões.

A primeira razão residiu na predominância de independentes na lista à Câmara Municipal de Lisboa. A segunda razão reside no facto de matérias fundamentais para a cidade não estarem nas mãos de vereadores do próprio PSD (finanças e urbanismo). A terceira razão tem a ver com o facto de Carmona Rodrigues ter decidido fazer uma gestão de geometria variável (que se apoia em Fontão de Carvalho e em Gabriela Seara), que não prescinde do diálogo com outros partidos, e que poderá a prazo, consoante as contradições se desenvolverem, evoluir para uma candidatura de reeleição com o apoio do PS.

Um terceiro erro que resulta da incapacidade de liderança e prende-se com as recentes demissões de Pedro Passos Coelho e Vasco Rato.

As saídas verificadas da Comissão Política Nacional demonstram que o líder do PSD não tem argumentos para suster os seus próprios defensores.

Na verdade ocorre perguntar: Se o líder do PSD não consegue evitar dissidências entre os seus, como poderá algum dia ter mão na condução dos destinos do País?

O Congresso que se avizinha vai ser, deste modo, o Congresso mais triste da história do PSD. Ouvir-se-ão os habituais discursos de elogio, o líder vai ser consagrado e cada palmada nas costas servirá, não de alento a quem tem uma tarefa difícil, mas de impulso na caminhada até ao enterro nas próximas legislativas.


Post Scriptum – a) Os que criticam a oposição que Marques Mendes tem feito ao PS não têm razão – O P.S. tem governado para e com o apoio do centro direita; b) Foi caricato ver o líder do PSD falar no Congresso do Partido Popular. Ninguém sabe (ele incluído) se falou português ou espanhol.

sábado, março 04, 2006

CDS - mais tiros no pé ou o complexo de esquerda?

A interpelação parlamentar ao Ministro dos Negócios Estrangeiros -Prof Freitas do Amaral, saldou-se num fracasso absoluto.
Que se passará na direcção desse partido alegadamente de inspiração e base programática democrata cristã para se afundar num atoleiro ideológico como aquele que subjaz à dita interpelação?
O fundamento da mesma possuía como ideia base a de que o Ministro deveria estar do "lado" dos países objecto dos protestos e da liberdade de expressão consistente na publicação livre das caricaturas de Maomé.e não assim de tecer considerações despropositadas condenando a publicação da mesmas em nome da subserviencia ao Islão........
Ora, meus caros "democratas cristãos"...Telmo e Nuno.....

Não se vos depara á frente o efeito perverso de tal posição?

É que, NA VERDADE, não vislumbram que o sentimento honesto e espontâneamente intuitivo dos cristãos e católicos praticantes assumidos de Portugal, os impele para a solidariedade com os muçulmanos vitimas de uma blasfémia contra o seu profeta e não com os blasfemadores e com quem os tolera e defende?

O direito á indignação dos muçulmanos é naturalmente visto em paralelo com igual legitimidade como se as referidas caricaturas tivesem como objecto Jesus Cristo ou a Virgem Maria, e que já no passado, com outros exemplos, provocou reacções enérgicas de indignação na comunidade católica da Europa...
É que a indignação não é, por definição, a mera apresentação de reclamação por escrito e em triplicado ás autoridades do país que permite este tipo de forma de expressão de um qualquer arrivista..)
Tal interpelação surge ainda numa fase em que já desde João Paulo II se proclama as vantagens de um diálogo ecuménico entre as principais religiões em função da paz e tolerância intereligiosa.
Assim, o que efectivamente os católicos retiram desta interpelação desastrada é que o CDS:

1- Aceita e aprova, sem reparo, que se publiquem, ao abrigo a liberdade de expressão caricaturas blasfemantes de figuras consideradas sagradas pela religião.( muçulmana ou cristã ou budista, tanto faz)

2- Entende que é mais importante que o Estado português faça declarações espúrias e de efeito nulo contra actos de protesto mais violentos, do que apreciar negativamente a contribuição de tais caricaturas para o respeito pelos crentes e pela religião.

3- Não é mais de inspiração cristã do que o Bloco de esquerda , o PCP e os outros partidos..( a saber..nenhuma...)

4- em situação futura em que o caricaturado seja Jesus Cristo ou a Virgem Maria, o CDS não mais terá autoridade moral para se insurgir nem sequer o fará, por coerência com a posição agora irremediávelmente assumida nesta interpelação.

Perguntarão assim: para que nos serve, então, o CDS......

Tiros no pé como este...não se entendem

É que a reputação é como fogo: uma vez aceso, conserva-se bem; mas, se apaga, é difícil acendê-lo. (Plutarco)

sexta-feira, março 03, 2006

O Vasco e o Rato

As visões destes 2 seres são em tudo coincidentes e fazem pensar se os mesmos realmente acreditam ou sequer têm consciência do que dizem ou se apenas se limitam a repetir o que os mentores lhes encomendam....

Tal diz respeito á visão do mundo e da política internacional que ambos estes, como gêmeos pensadores, quais advogados dos EUA e seus aliados reproduzem e tentam implantar nas consciências dos mais incautos ou preguiçosos mentais...

Para os ditos:

- A invasão do Iraque está justificada pois continuam a existir as tais armas de destruição maciça ( embora nunca encontradas e já assumidamente objecto de desmentido das entidades dos EUA)
- A liberdade de expressão não pode ter limites como sejam a faculdade de caricaturar depreciativamente personagens de culto religioso (se estes forem de cristãos ou muçulmanos)


Mas já não é assim, quando alguém se atreve a pôr duvidas na existência ou dimensão do denominado Holocausto ( sendo este um crime de pensamento na Alemanha, na Austria e em França)
-Também assim não é quando continua a existir, com a aprovação dos ditos Vasco e Rato, o art.48º nº3 da Constituição ( ainda originário dos tempos do PREC) que impede a liberdade de associação para as associações que "perfilhem da ideologia fascista".
- Também assim já não deve funcionar quando o objecto seja o Presidente da républica ou a Bandeira ou o Hino nacionais (cfr arts 328º e 332º do C.Penal)

O Irão deve ser impedido de ter a capacidade nuclear....(Israel, não, pelo contrário,...claro)

Enfim, a coerência dos ditos seres é esta....

Ainda se lhes fornece tempo de antena para veicularem estas verdadeiras enormidades do pensamento......

Assuetudo mali animos effert


PS:
O Rato é Vasco, mas o Vasco não é Rato ( é Moura)

O "projecto"

Nos últimos tempos, o discurso dos responsáveis políticos e económicos tem sido o de reclamar maior rigor e exigência a todos os sectores da vida nacional.

Todos os dias, somos “bombardeados” com a necessidade de sermos mais produtivos e mais diligentes, única via apara ultrapassarmos o estado de atraso em que nos encontramos.

Ora, para que os mais fracos e dependentes, no contexto económico, adiram com convicção a estes propósitos é preciso que o exemplo, como diz o povo “venha de cima”.

Este intróito serve para comentar o que se passa actualmente no Sporting Clube de Portugal.

Em 1995, os sportinguistas acolheram com esperança uma mudança nos seus destinos que se corporizava no "projecto" José Roquette.

O "projecto" consistia na criação de um conjunto de sociedades que deveriam proporcionar ao Sporting Clube de Portugal, rendimentos suficientes para, juntamente com as receitas do futebol, equilibrar económico-financeiramente a instituição.

Tais sociedades desenvolveriam as suas actividades em áreas tão diferentes como o denominado “merchandising” e a promoção imobiliária.

Disseram ainda os mentores do dito "projecto", que a sua gestão seria levada a cabo por profissionais de reconhecido mérito que garantiriam, também com o seu bom-nome, o sucesso, tanto mais que as relações com terceiros, designadamente, a banca a isso obrigavam.

Tiveram o apoio inconfessado da grande maioria da comunicação social que pareceu por vezes actuar como veiculo publicitário da direcção enaltecendo os seus mentores e dando-os como exemplo de competencia e rigor.

Ora,

Passados estes anos, e olhando o discurso de alguns dos seus responsáveis mais directos, José Roquette e Filipe Soares Franco, temos a impressão que falamos de clubes diferentes.

O clube de José Roquette e Filipe Soares Franco está à beira da falência e precisa de proceder à venda do seu património.

O clube de José Roquette e Filipe Soares Franco não tem sociedades a contribuir para as receitas e precisa de fontes alternativas de financiamento.

O clube de José Roquette e Filipe Soares Franco não tem equipas de futebol que sejam viveiro de talentos e que, possibilitem, vendas regulares com mais valias apreciáveis, investindo, ao contrário, uma parte significativa dos seus recursos na manutenção de um jogador brasileiro.

O clube de José Roquette e Filipe Soares Franco não tem um plano estruturado de consolidação da dívida e tem a banca credora à porta e assanhada.

O clube de José Roquette e Filipe Soares Franco não tem um projecto de desenvolvimento, antes propõe o sumiço dos activos à boa maneira do empresário que prefere a liquidez para mais facilmente fechar o estabelecimento.

É preciso que os sportinguistas tenham consciência da opção que vão fazer quando votarem as medidas de José Roquette e Filipe Soares Franco.

As medidas não trazem uma única ideia sobre os destinos do Clube, aparecendo como um catálogo de leiloeira há procura do enriquecimento de intermediários.

Filipe Soares Franco é o mandatário dócil de José Roquette, que se prestou ao papel indigno de caixeiro-viajante do património do Sporting Clube de Portugal.

Filipe Soares Franco tem o objectivo inconfessado, retirar aos sócios, o único instrumento que, nas actuais circunstâncias, lhes confere algum poder: dominar a Sporting SAD.

Nunca o Sporting Clube de Portugal esteve em perigo iminente como agora. Cabe aos sócios afastar aqueles que demonstraram não estar à altura dos cargos que desempenharam ou desempenham.