Mar-Alto

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Um resistente á crescente barbarie.

domingo, agosto 06, 2006

OS FILHOS NOBRES REJEITADOS DO PAÍS


A propósito da emigração de mais um filho da nação desiludido com os rumos do país que ficámos a saber esta semana. Maria João Pires, retirou-se de Portugal amargurada e triste declarando que o país a tratou muito mal e que tenciona ficar no Brasil.
Levantaram-se vozes na imprensa e “inteligentsia” a bradar contra essa nobre representante da cultura portuguesa reconhecida internacionalmente como uma das maiores virtuosas do piano, vociferando pela sua ingratidão pelo apoio que a mesma teria recebido para o seu centro cultural e artístico que a mesma decidiu patrocinar e construir em Portugal acreditando “ingenuamente” que as promessas de apoio e estrutura que havia proposto teriam o necessário suporte por parte do Governo.
São esses os mesmos que também se insurgiram contra o pedido de isenção de impostos do prémio aos jogadores da Selecção nacional de futebol, que levaram o país ao 4º lugar do campeonato do mundo, apesar da mesma estar legalmente prevista para os desportistas que obtenham resultados relevantes nas competições importantes.
Temos assim emais uma vez o incentivo à mesquinhez e à inveja a imperar mais uma vez e a desestimular quem eleva o país ao melhor que Portugal tem para o representar nas áreas respectivas.
Tais críticos, desde os membros do governo aos comentaristas mais lidos nos jornais diários*, são exactamente os mesmos que se perfilam quando a ocasião surge, para adular e a querer aparecer junto seja com a Maria João seja com os jogadores da selecção.
Triste país este que rejeita os seus melhores valores e os seus melhores filhos e aplaude a mediocridade e a incompetência!

Ninguém é mesmo profeta na sua terra!

* A excepção a estes fica com Clara Pinto Correia, cuja lúcida inteligência e visão intuitiva a respeito das declarações de Maria João Pires é de enaltecer (crónica no DN de 2.08.06)

O PRO SEMITISMO MILITANTE


Escrevo esta chegado da praia e depois de ler os jornais que relatam os acontecimentos de ontem na cidade de Canãa onde mais de 60 civis libaneses foram mortos pelas bombas israelitas..Um verdadeiro massacre que só tem tanto de desprezo pela vida humana quanto de incompetência e irresponsabilidade..
A desculpa dos “monstros” que causaram esta tragédia é a de dizer que os civis foram instrumentalizados como “escudos humanos” pelo inimigo que pretendiam atingir..
Esta afirmação israelita é, sem consciência, a confissão da própria culpa e do massacre deliberado……
Se é verdade então conclui-se apesar de o saberem conformaram-se com a morte dos civis para atingirem os alvos.
Se não é verdade, não passa de mais uma mentira para ocultar um crime hediondo…
Como então explicar que esta estúpida teoria dos “escudos humanos” veiculada por Israel tenha sido repetida e , em muitos casos aceite como atenuante, sem discussão pelos jornalistas e comentadores, apesar da sua contradição em seus próprios termos?????

Tal resposta só pode ser encontrada no pró semitismo militante que se encontra em muito do mundo jornalístico e cultural do país, e num “racismo” semi inconsciente que detém face ao mundo islâmico.

Pessoas que normalmente raciocinam com racionalidade e objectividade parecem que deixam de parte esses predicados quanto toca a apreciar a conduta objectivamente infame e assassina dos israelitas e o comportamento da sua marioneta americana, passando a irracionalmente explicar esses actos transpondo a sua responsabilidade para os inimigos árabes (todos aliás terroristas)
É assim, mais ou menos como –“-Sim eu disparei sobre a criança mas o terrorista tinha-a na frente dele e portanto a culpa de eu ter atirado na criança e dela ter morrido é do terrorista sem escrúpulos..”

O pró semitismo, adquirido por décadas de complexo e “marketing do holocausto”, é assim, responsável pela estupidificação de consciências normalmente razoáveis e objectivamente alimenta a capacidade de Israel e dos EUA continuarem a assassinar impunemente e a impor o seu terror ao mundo.